O agente de viagens é um vendedor de sonhos

O agente de viagens é um vendedor de sonhos

29 de Maio, 2018 0 Por Patricia Diniz

O Turismo é um fenômeno que começou a ter destaque nas últimas décadas. Antes, viajar era privilégio de poucos. Mas com o tempo, e alguns acontecimentos, esse momento tão esperado passou a ser mais comum à pessoas que antes não tinham essa possibilidade. E a figura do agente de viagens também sofreu transformações em decorrência dessa nova perspectiva de vida; hoje ele pode ser chamado de vendedor de sonhos.

A transformação do Turismo e as novas possibilidades de viagem

Em decorrência do desenvolvimento advindo da Revolução Industrial, tendo início na Inglaterra, no século XVIII, o turismo, como atividade econômica, prosperou como um fenômeno de massas (1). Dentro desse processo de crescimento da atividade turística, alguns fatores contribuíram para o crescimento da demanda e, consequentemente, da oferta, dentre os quais podem destacar-se, conforme apontam Ruschmann (2) e Barreto (3): redução da jornada de trabalho, proporcionando maior tempo livre; e produção em massa de meios de locomoção (trens, navios e, posteriormente, aeronaves). Assim como, de acordo com os mesmos autores, desenvolvimento tecnológico, êxodo rural, como consequência da industrialização; desenvolvimento de empresas prestadoras de serviços que organizam e comercializam viagens e a ausência de áreas naturais e impactos psicológicos da vida urbana, que incentivam as viagens de férias e de fim de semana.

Atualmente, grande parte dos habitantes dos países desenvolvidos, e um número crescente nos países em desenvolvimento, estão tendo a possibilidade de realizar uma ou até várias viagens ao ano (2).

Para mim, Patrícia, uma das coisas mais gratificantes em ser agente de viagens é a alegria de entregar o voucher do pacote de viagem que meu cliente sempre sonhou. Acima de tudo, o que me estimula é hoje ele ter condições de pagar por esse pacote e ter, também, mais expectativa de vida para desfrutar dessa e outras tantas experiências.

As condições de pagamento dos pacotes aéreos, rodoviários, passagens aéreas, cruzeiros marítimos e fluviais, entre outros serviços, são consideravelmente acessíveis: aquela viagem incrível e tão sonhada já não é inalcançável. E a verdade é que o agente de viagens precisa ter e/ou desenvolver algumas características para encontrar a viagem possível para que o seu cliente fique satisfeito.

Para ler sobre a rotina do agente de viagens, dá uma olhada aqui

Características do novo agente de viagens, o vendedor de sonhos

Flexibilidade e Planejamento

Se o cliente não é tão abastado, o agente deve procurar a melhor condição de pagamento para que a viagem de seu cliente seja possível. Se o cliente não tem uma data específica para sua viagem, escolha a mais acessível dentro do período que ele desejar. Se o passageiro quiser uma sugestão do agente, ele deve escolher a baixa temporada do destino escolhido, um hotel bom e bem localizado (para que ele não acabe gostando mais do que o planejado em deslocamento), seguro viagem, traslados in e out e passeios como um City Tour nos principais pontos turísticos.

O ideal é o cliente contratar passeios previamente, se deseja parcelar o valor da viagem: a vantagem é que ele pode parcelar os passeios e ingressos também (na maioria das operadoras turísticas), não fica sujeito à indisponibilidade ou mesmo a pagar o valor à vista no local. Um exemplo são os passeios de submarino e semi-submarino em Aruba, no caribe: é melhor garantir com antecedência, dependendo da época.

Conhecimento técnico

Muitas vezes, o cliente não sabe muito bem o que quer, a certeza é que deseja viajar e pagar barato por isso. É por isso é fundamental que o agente se coloque como um vendedor de sonhos, afinal, é preciso levar em conta que o que está sendo ofertado não é algo físico que o cliente vai olhar, tocar, sentir e dizer “gostei” ou “não gostei”. Pode ser que seja um destino realmente mais caro que outros, como o caso de Fernando de Noronha, onde, mesmo uma hospedagem mais simples (uma ou duas estrelas), é considerada cara: nem sempre é o valor que o passageiro espera e nesse momento é fundamental que o agente demonstre como pode ser uma experiência enriquecedora. Nesse caso, é fundamental que ele consiga munir o seu cliente de informações e características do local.

Ah! Não esqueça de analisar a melhor forma de pagamento para suprir as necessidades do cliente: ele pode parcelar o seu pacote em 0 + 10 vezes no boleto, se quiser!

O que parecia impossível há uma ou mais gerações, agora está ao “alcance da mão”. E, para que a experiência do cliente seja, de fato, a realização de um sonho, precisa ser feita por um profissional com conhecimento técnico e habilidades desenvolvidas para encantar o cliente.

 

 

Fontes

Turismo em áreas naturais: uma análise da intensidade de consumo dos visitantes de dois empreendimentos no Rio Grande do Sul

(1) DIAS. R. Turismo sustentável e meio ambiente. São Paulo: Atlas, 2003.

(2) RUSCHMANN, D. V. de M. Turismo e Planejamento Sustentável: a proteção do meio ambiente. 16. ed. Campinas: Papirus, 2012.

(3) BARRETO, M. Manual de iniciação ao estudo do turismo. 20. ed. Campinas: Papirus, 2014.

 

Author: Patrícia Diniz

Eu sou a Patrícia! Recentemente formada em Gestão de Turismo pela Universidade Federal de Santa Maria e consultora de intercâmbios em Santa Maria, RS. Sou alguém que deseja que o Turismo seja valorizado e respeitado, que deseja que o Turismo chegue a cada pessoa desse mundo, independente de sua faixa etária, sua condição econômica e social. Quero que o Turismo não seja visto somente como lazer, mas como uma oportunidade!