Segmentação do Turismo: Ecoturismo.
Olá meus queridos e amados leitores do turismologia. Hoje damos continuidade a mais um segmento de nossa série segmentação do turismo aqui no nosso site. Será que vocês adivinham qual é o segmento que será apresentado hoje? Ahh! Claro que vocês já sabem! Já viram no título do texto, não é? rs. Brincadeiras a parte, eu quero perguntar: todos aqui gostam de natureza? Gostam, mas preferem ficar longe? Ou gostam de ser aventurar na natureza? Pois é, independente de qual seja seu perfil, hoje sabemos mais do que nunca quão é importante conservar o meio ambiente. Conservação é assunto que tem sido abordado com frequência diante de vários acontecimentos que estamos vendo no mundo. Atualmente nações, empresas e grupos tem se voltado pela luta em conservar o meio ambiente e cuidar da biodiversidade na natureza. Existem várias formas de manter a conservação de um ecossistema, mas vocês sabiam que existe um segmento que faz com que as pessoas fiquem mais conectadas com a natureza e que hoje pode ser uma forma de mudar o olhar quanto à nossa responsabilidade quanto ao meio ambiente? Estamos falando do ecoturismo.
De acordo com o Ministério do Turismo, o ecoturismo no Brasil se destaca a partir do movimento ambientalista quando os debates da conservação do meio ambiente crescem e chegam ao turismo. Esse segmento passa a se desenvolver e ganhar forças conforme cresce a discussão de um modelo de turismo mais responsável. Preocupações com desenvolvimento econômico, a degradação do meio ambiente e as questões sociais e patrimoniais (o famoso tripé da sustentabilidade) chegam à atividade turística, evidenciando a necessidade de conservação do meio ambiente por técnicas sustentáveis. O turismo de massa era apontado como o agressor da paisagem natural e cultural e o ecoturismo surge como um contraponto à esse segmento.
Os primeiros estudos de ecoturismo no Brasil se deram nos anos de 1980. Em 1985 a EMBRATUR (Instituto Brasileiro do Turismo) deu início ao projeto turismo ecológico. Mas somente em 1994 que o Ministério da Ciência e da Tecnologia com o Ministérios do Meio Ambiente, em parceria com EMBRATUR e IBAMA lançou o documento “Diretrizes para uma política nacional de ecoturismo”. A partir dessa publicação o ecoturismo passou a ser conceituado como:
“um segmento da atividade turística que utiliza, de forma sustentável, o patrimônio natural e cultural, incentiva sua conservação e busca a formação de uma consciência ambientalista por meio da interpretação do ambiente, promovendo o bem-estar das populações.”
É importante entender que o ecoturismo dentro do seu conceito e sua relação com o turismo sustentável assenta-se no tripé: interpretação; conservação e sustentabilidade. Suas características devem ser observadas com importância para que seja desenvolvida a atividade de forma conjunta e integrada; sendo elas: gestão, proteção e conservação dos recursos naturais; escala do empreendimento e do fluxo de visitantes; paisagem; educação ambiental e interpretação ambiental. Todos esses são aspectos fundamentais para a prática da atividade.
O ecoturismo vai além de ofertar serviços e visitas a natureza. Através de diretrizes do Ministério do Turismo instruir aos seus operadores e envolvidos ações que preservem o meio ambiente – como a aplicação de materiais específicos, técnicas de construção e procedimentos dentro dos princípios de sustentabilidade que causem o mínimo de impacto ambiental.
O Brasil tem uma grande biodiversidade e grande potencial para atrair turistas do mundo todo especificamente para esse segmento; e, ao mesmo tempo, desenvolver comunidades através da educação sobre o desenvolvimento sustentável. Na sua cartilha Ecoturismo o Ministério do Meio Ambiente fala da vocação que a floresta Amazônica tem para o segmento do Turismo, devido a sua riqueza natural e sua coleção de números grandiosos, como: rio amazonas, o maior e mais largo rio do planeta. A cada segundo ele despeja 175 milhões de litros de água.
É importante frisar que sabemos que esse potencial vai além da floresta amazônica e ações d Ministério do Turismo e o Ministério do Meio Ambiente tem demonstrado o interesse do Brasil em se consolidar como destino para o ecoturismo. Recentemente, foram realizados naufrágios na costa de Tamandaré em Pernambuco visando criar atrativo para o turismo náutico que está dentro do guarda-chuva do ecoturismo. Na feira internacional de turismo de aventura Adventure Travel World Summit (ATWS) o Brasil apresentou o Ecoturismo e o Turismo de Aventura como novo foco da política de divulgação da EMBRATUR para atrair turistas estrangeiro.
As discussões sobre preservação e conservação tem sido importante, pois com a visão do mundo para Amazônia podemos controlar melhor o acesso e a forma de fazer turismo. Também é possível criar políticas de exploração das regiões de forma mais rígidas; estudar, entender e preservar a cultura indígena e transformar essa riqueza nacional em atrativo – para uma demanda cada vez mais crescente.
Para concluir, lembremos que o Brasil é conhecido por sua biodiversidade, porém ainda não é um destino consolidado nesse quesito. E o ecoturismo, como vimos, pode nos trazer grandes benefícios tanto para o meio ambiente quanto para a economia e a sociedade. Através do Ecoturismo podemos preservar a natureza e gerar renda para as comunidades envolvidas.
Fontes
Atualmente exerce cargo de liderança na hotelaria no setor de Eventos, após ter sido trainee do grupo BHG (Brazil Hospitality Group). MBA em Negócios pela Universidade Potiguar, Bacharel do Turismo pela Universidade Potiguar, Rio Grande do Norte.