O seguro viagem do seu passageiro e porque ele é importante

O seguro viagem do seu passageiro e porque ele é importante

28 de Novembro, 2018 0 Por Patricia Diniz

O que é um seguro viagem? Quando idealizamos uma viagem pensamos sobre o destino, os pontos turísticos, sobre a cultura local, o que vamos conhecer e explorar! Pensamos nas passagens aéreas, onde ficaremos hospedados, o que levar na mala, dinheiro e diversos outros detalhes que precisamos dar atenção antes de embarcar; mas e o seguro viagem? Muitas vezes achamos que não vamos precisar, mas sabe aquela expressão “nunca se sabe”? Para nossos clientes é a mesma coisa, só que no caso dos clientes é ainda mais sério: eles viajam, de certa maneira, sob nossa responsabilidade.

Breve contextualização histórica da atividade seguradora no Brasil

A abertura dos portos ao comércio internacional no Brasil, em 1808, deu início à atividade seguradora em nosso país. A “Companhia de Seguros BOA-FÉ” foi a primeira sociedade de seguros a funcionar no Brasil e, fundada naquele mesmo ano, tinha como objetivo operar o seguro marítimo. Durante esse período, eram as leis portuguesas que regulavam a atividade. Com o advento do “Código Comercial Brasileiro” (Lei n° 556, de 25 de junho de 1850), o seguro marítimo foi, enfim, estudado e regulamentado. Além disso, incentivou o aparecimento de inúmeras seguradoras, operando o seguro marítimo, o terrestre e até mesmo o de vida! Ao final do século XIX, o mercado segurador brasileiro já havia se desenvolvido bastante, graças ao Código Comercial Brasileiro e à instalação de seguradoras estrangeiras no Brasil.

Para ler mais: Promoções de passagens aéreas – porque não consigo aproveitá-las?

O seguro viagem do seu cliente

O cliente pode contratar o seguro viagem no mesmo momento em que estiver escolhendo seu hotel, seus passeios, seus voos, ou mesmo quando já tem seu pacote adquirido e deixou o seguro por último. Ao contrário das passagens aéreas, por exemplo, onde é vantajoso providenciar com antecedência, o seguro viagem é mais simples, pode ser adquirido próximo à data de embarque!

O seguro viagem garante ao segurado a indenização na eventual ocorrência de algum imprevisto incluso na cobertura do seguro no período da viagem, podendo ser no embarque, na permanência ou mesmo no retorno do passageiro.  Até 2014, somente os casos de morte e invalidez permanente eram coberturas obrigatórias. Com a Resolução CNSP n° 315, de 26/09/2014, as despesas médicas, hospitalares e odontológicas (DMHO) passaram a fazer parte das coberturas obrigatórias que deverão ser oferecidas aos consumidores na contratação do seguro viagem para o exterior (nesse caso também deve cobrir a volta do segurado em caso de impedimento de retorno como passageiro regular; traslado médico e traslado de corpo). Para viagens no Brasil, as coberturas DMHO são opcionais.

Na maioria das vezes, o seguro custa em torno de 5% do valor da viagem. O valor é atraente e varia de acordo com as coberturas contratadas e o tempo de duração da viagem. A indenização corresponderá ao valor do capital segurado e o pagamento do valor poderá ser através de reembolso das despesas ou mesmo via prestação de serviços. Quando o passageiro tem 85 anos ou mais, algumas seguradoras costumam cobrar até 50% a mais do valor do seguro.

Alguns detalhes sobre o seguro viagem

Além das coberturas obrigatórias já mencionadas, é comum coberturas como: bagagem (indenização por extravio, dano, furto ou roubo), funeral (indenização das despesas com o funeral do segurado ocorrido durante o período da viagem), cancelamento de viagem (indenização das despesas não reembolsáveis de pacotes turísticos e/ou serviços de viagens), regresso antecipado (indenização das despesas ocasionadas pela necessidade do passageiro retornar ao seu local de origem, por evento coberto na apólice). Outras coberturas podem ser adicionadas, desde que haja relação com a viagem, conforme perfil do turista e destino escolhido, em nosso país ou fora dele.

Tipos de seguros

Existem planos individuais e empresariais, o que diferencia é se a contratação é feita pelo passageiro ou pela empresa na qual ele trabalha. Quando o cliente não procura diretamente uma seguradora, ele vai a uma operadora ou agência de viagens. Se for um pacote, nós, agentes, costumamos incluir automaticamente um seguro, se não, venderemos somente o seguro, pelo intermédio de um convênio com uma seguradora.

Os tipos de seguros são classificados de acordo com o destino e objetivo da viagem, além do meio de transporte. Com base nesses critérios, existem planos nacionais, individuais, corporativos, marítimos, para estudantes e planos específicos para quem pratica esportes radicais ou de alto risco.

Sobre o seguro saúde obrigatório na Europa: atualmente, os 27 países da Comunidade Europeia (Bélgica, França, Alemanha, Luxemburgo, Holanda, Itália, Portugal, Espanha, Grécia, Áustria, Suécia, Noruega, Islândia, Finlândia, Dinamarca, Eslovênia, Eslováquia, Polônia, Malta, Lituânia, Letônia, Hungria, Estônia, República Checa, Suíça, Romênia e Bulgária) exigem que turistas comprovem possuir um plano de assistência médica e hospitalar, no valor mínimo de € 30 mil. A falta do documento que comprove a aquisição, no caso o cartão de assistência médico-hospitalar, quando exigido por uma autoridade, implicará no retorno do passageiro ao seu país de origem, sem que possa entrar em território europeu.

Diferença entre seguro viagem e assistência viagem

Já que falamos sobre assistência viagem, é importante destacar a diferença entre assistência viagem e seguro viagem: ao contratar o seguro viagem o passageiro arca com as despesas geradas na resolução de seu imprevisto e, posteriormente, receberá o reembolso, podendo ter sido em qualquer hospital, clínica, etc. Já ao contratar a assistência viagem, o passageiro contará com o pacote de serviços e benefícios garantidos pelo plano contratado, sem precisar pagar, porém, terá de utilizar os serviços que contratou em uma rede conveniada de hospitais, clínicas, por exemplo, entre outros serviços.

Importância do Seguro Viagem para o passageiro

O seguro viagem é indispensável para uma viagem tranquila. Desconhecemos os imprevistos que o cliente pode vir a ter. Sem contar que a dificuldade em se comunicar, principalmente em um país onde o inglês não é a língua oficial, não facilitará quaisquer soluções que o passageiro acredita ser possível resolver sozinho e sem dor de cabeça. Em países como os Estados Unidos, por exemplo, não há saúde pública: um atendimento de emergência ou mesmo sem gravidade custará caro e nada como ter com quem contar em um imprevisto desses.

O agente de viagens cumpre o seu papel e passageiro viaja tranquilo.

 

Referências:

http://www.susep.gov.br/menu/a-susep/historia-do-seguro

http://www.tudosobreseguros.org.br/entenda-o-seguro-viagem/

Author: Patrícia Diniz

Turismóloga, o que me move é ajudar as pessoas a realizarem seus sonhos: atuo na área de agenciamento e consultoria há mais de 8 anos. Atualmente, lidero e coordeno a filial da Egali Intercâmbio em Maringá/PR, além de ajudar muitos intercambistas a tirarem a ideia do papel! Para mim, antes de qualquer outra coisa, Turismo é oportunidade