Sobre eventos e o turismo: O surf nos Jogos Olímpicos
Uma noticia em 2017 abalou a comunidade do surf no Brasil e no mundo, quando se tornou oficial a inclusão do surf nos Jogos Olímpicos de Tóquio em 2020. Grandes nomes mundiais do esporte como Gabriel Medina, Adriano de Souza o Mineirinho, Filipe Toledo, Ítalo Ferreira e Jadson André comemoraram o feito. Vale ressaltar, no entanto, que a notícia deve ser recebida com cautela, porque existem ressalvas quanto a inclusão permanente do esporte no evento. Vamos entender.
A decisão
O Comitê Organizador Internacional (COI), incluiu, além do surf, outros esportes, tais como o skate, beisebol, caratê e a escalada esportiva. A decisão faz parte de um pacote de reformas, iniciada pelo presidente do Comitê, Thomas Bach, com a ideia de trazer esportes que sejam mais populares, tendo como objetivo a intenção de aumentar a audiência e atrair potenciais patrocinadores. Essa conquista é muito comemorada entre a comunidade do surf e muito se deve a World Surf League (WSL), da elite profissional do surf. Criada em 1976, a liga promove os surfistas profissionais como atletas de classe mundial.
O problema da inclusão do surf como esporte permanente nos Jogos Olímpicos
A parceria de Marcas e os eventos de altíssimo nível, chamaram a atenção do comitê olímpico, que decidiu a adesão do surf nos jogos olímpicos, entre outros esportes, para atrair o público jovem, tão presente nessas modalidades. Aqui faço uma observação: a inclusão do surf nos jogos olímpicos ainda não é um feito permanente, apesar da confirmação em Tóquio em 2020. O receio do comitê começa na escolha da cidade-sede; já que a escolha das cidades sede dos jogos olímpicos não tem como requisito que o país seja costeiro, o que se transforma em um problema quando falamos em um esporte aquático essencialmente.
Uma solução
A solução sugerida foi a construção de uma piscina com ondas artificiais, como a tão famosa piscina, do onze vezes campeão mundial do esporte Kelly Slater. Uma piscina de ondas perfeitas que custaram ao atleta 10 anos da sua vida e milhares de dólares. Criada para aumentar a performance dos atletas, sua tecnologia em ondas artificiais é perfeita para o esporte, tornando-se digna de sigilo do seu criador. Slater não divulgou os custos e pretende vender a tecnologia por sua empresa, a KS Wave Co.
Essa sugestão não agradou ao comitê olímpico, que teme a construção da estrutura, pois ela terá um custo muito alto e com grandes chances de se tornar mais um equipamento inútil no país em que acontecem os jogos. Pode acabar como um legado deixado pelos jogos, já que há alguns casos de países que não reaproveitam as estruturas construídas (vide as arenas aqui do Brasil). Então vamos aguardar que o surf passe por esse “teste olímpico”, que a sua inclusão seja viável economicamente, como vem sendo para a WSL, e que a comunidade surfista não tenha que acordar em 2020 do sonho de ser olímpico.
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